Não é novidade para ninguém que instituições financeiras são alvos constantes de ataques cibernéticos. Temos acompanhado um aumento expressivo nas ameaças direcionadas ao setor financeiro ao longo dos anos, com ataques cada vez mais sofisticados.
Recentemente, vimos até mesmo a atuação da Polícia Federal, como na Operação CHAES, que desarticulou uma associação criminosa especializada em desenvolver e aplicar malwares bancários em campanhas de fraudes financeiras em larga escala. A realidade é que cada vez mais fica evidente que os cibercriminosos estão se preparando para explorar as mínimas vulnerabilidades digitais.
Esses eventos reforçam uma realidade que os especialistas em cibersegurança têm discutido há anos: fraudes bancárias são um dos maiores desafios para a infraestrutura de segurança digital no Brasil e no mundo.
Para exemplificar, voltou um pouco na Operação CHAES. O caso envolve o uso de um malware altamente sofisticado, denominado CHAES, que visava coletar dados sensíveis de clientes bancários, incluindo informações de pagamento e dados cadastrais. Até mesmo bancos gigantes, como a Caixa Econômica Federal, foram alvos do esquema.
Vemos cada vez mais oportunidades na fintechzação. Mas é importante destacar que esses incidentes são apenas a ponta do iceberg, ilustrando a gravidade das ameaças enfrentadas pelo setor.
A cibersegurança como prioridade estratégica
O impacto financeiro e reputacional causado por fraudes bancárias é profundo. Ele não apenas resulta em prejuízos imediatos, mas também abala a confiança dos consumidores nas instituições financeiras. Dessa forma, é evidente que a cibersegurança não pode ser tratada como uma preocupação secundária. Ela deve ser um pilar estratégico para o setor financeiro.
A Pesquisa de Tecnologia Bancária da Febraban, divulgada recentemente, confirma essa mudança de mentalidade. O levantamento revela que 100% dos bancos brasileiros identificaram a cibersegurança como área prioritária de investimento. Dos R$ 47,4 bilhões destinados a tecnologias em 2024, cerca de 10% – mais de R$ 4,7 bilhões – serão aplicados exclusivamente em soluções voltadas para proteger sistemas e dados. Esse é um movimento assertivo, mas ainda há muito a ser feito.
Os desafios da segurança digital no setor financeiro
Apesar dos investimentos crescentes, os desafios permanecem. A evolução constante das técnicas utilizadas por criminosos exige que as instituições não apenas invistam em tecnologia, mas também desenvolvam uma abordagem proativa e multifacetada para a cibersegurança. Isso inclui:
- Educação e conscientização: Equipes internas precisam estar preparadas para reconhecer ameaças e responder rapidamente a incidentes.
- Monitoramento e detecção em tempo real: Ferramentas de inteligência artificial e análise comportamental são cruciais para identificar atividades suspeitas antes que se tornem um problema.
- Colaboração intersetorial: Bancos, empresas de tecnologia e órgãos governamentais precisam trabalhar juntos para combater ameaças de forma eficaz.
- Testes de segurança recorrentes: Simulações de ataques e auditorias regulares são essenciais para identificar vulnerabilidades. É fundamental uma Cibersegurança Proativa
Com a crescente sofisticação dos ciberataques, depender apenas de práticas defensivas ou reativas é insuficiente. Nesse sentido, gostaria de destacar o último ponto que citei, a Cibersegurança Proativa. Esta é uma abordagem que se antecipa às ameaças, focando na identificação e mitigação de vulnerabilidades antes que elas possam ser exploradas.
É dessa forma que atuamos aqui no Grupo Ivy. Contamos com um time altamente especializado que age antes do problema surgir, usando frameworks como MITRE ATT&CK, NIST, OWASP e PTES para identificar riscos. Temos especialistas certificados ( CEH, OSCE3, OSCP, SCMP|A, CRTO, CRTA) que entregam resultados sólidos e compliance.
No setor financeiro, os investimentos em tecnologia e cibersegurança não são apenas uma questão de conformidade regulatória, mas uma estratégia fundamental para proteger não apenas dados, mas também a confiança e a estabilidade econômica.
A cibersegurança não pode ser vista como um custo, mas como um investimento essencial para a sustentabilidade e a competitividade do setor financeiro. Que essa prioridade siga guiando as decisões do setor para que possamos construir um ecossistema mais seguro e resiliente.
Como está essa questão em sua companhia? Me coloco à disposição para quem tiver alguma dúvida sobre o tema. Vamos bater um papo para que eu possa demonstrar como uma abordagem proativa deixa o ambiente mais seguro?