A cada avanço tecnológico, especialmente no campo da Inteligência Artificial (IA), surgem questionamentos e receios sobre o impacto dessas inovações no mercado de trabalho. Muitos profissionais, ao verem a rápida adoção da IA por empresas no Brasil — que saltou de 61% em 2022 para 74% em 2023, segundo estudo da Microsoft e Edelman —, sentem-se inseguros quanto à sua permanência no mercado.
O temor da substituição por “robôs” parece inevitável. Mas a verdadeira questão não deveria ser “como a IA irá tirar meu emprego?”, e sim, “como a IA pode criar novas oportunidades e transformar meu trabalho?”. Escrevi um texto sobre isso recentemente. Clique neste link para acessá-lo.
Como evangelizador em IA, afirmo que a narrativa de substituição é simplista e equivocada. A IA não é um substituto, mas uma ferramenta que amplia as capacidades humanas, deixando de lado as tarefas repetitivas e abrindo espaço para atividades mais estratégicas e criativas.
O verdadeiro valor da tecnologia reside na sua capacidade de nos permitir fazer mais, melhor e de forma mais eficiente. Uma das maiores falácias em torno da IA é que ela inevitavelmente eliminará milhões de empregos. A realidade, no entanto, é mais promissora.
De acordo com a Gartner, a IA criará cerca de 2 milhões de novos empregos até o final de 2025. Esses números me trazem a reflexão de que não estamos diante de uma ameaça, mas de uma transformação que, se bem gerida, pode gerar valor para a sociedade como um todo.
Empresas que já estão utilizando IA de maneira inteligente têm observado aumentos de produtividade, especialmente quando combinam insights humanos com a análise automatizada de dados.
Essa combinação não só preserva os empregos existentes, mas também cria novos papéis que demandam habilidades específicas, como o desenvolvimento e a manutenção das tecnologias de IA, supervisão de algoritmos, entre outros. Ainda que a IA automatize funções operacionais, ela não pode substituir competências essencialmente humanas, como criatividade, raciocínio crítico e empatia.
O papel dos profissionais será amplificado à medida que utilizam as ferramentas de IA para entregar mais valor. Em vez de executar tarefas rotineiras, as pessoas poderão focar em resolver problemas complexos, inovar em seus setores e contribuir de maneira mais significativa.
O ponto crucial é: a Inteligência Artificial exige supervisão humana. Sistemas de IA, por mais avançados que sejam, demandam uma equipe capaz de monitorar, ajustar e refinar seu funcionamento. A era da automação não significa a era da substituição, mas sim uma fase de colaboração estreita entre humanos e máquinas. A IA não é autônoma, mas uma extensão das nossas capacidades.
“Ah, mas existem algumas barreiras na adoção de IA”, você pode dizer. Sem dúvida existem e é importante que a gente reconheça que existem desafios consideráveis. Um estudo realizado pela Pure Storage e o MIT Technology Review destaca como desafios o alto custo da tecnologia, a necessidade de maior envolvimento dos stakeholders e a infraestrutura insuficiente para gerenciamento de dados são grandes barreiras na América Latina.
Além disso, a escassez de profissionais qualificados para lidar com IA representa um obstáculo significativo. O estudo da Data-Makers revela que 46% dos líderes empresariais apontam a falta de talentos como um dos principais gargalos na adoção de IA. E aqui reside a oportunidade: capacitar profissionais para ocupar esses novos postos, proporcionando não apenas empregos, mas carreiras de alto valor agregado.
Um dos pontos que trazem orgulho em atuar junto à liderança da Ivy é justamente esse desenvolvimento da cultura de inovação, algo que levamos a todos os nossos parceiros. Com expertise especializada, temos a capacidade de auxiliar empresas e negócios de diversos tamanhos a maximizar os benefícios da flexibilidade e agilidade proporcionadas pela IA. Estamos sempre disponíveis para auxiliar no desenvolvimento das empresas nesse sentido. Por isso, deixo aqui um link para quem quiser saber mais sobre nossa atuação.
A IA não é uma ameaça, mas uma evolução. O medo de que as máquinas substituam os humanos é infundado quando entendemos que o futuro do trabalho será uma colaboração. Empresas e profissionais que conseguirem enxergar isso estarão à frente, aproveitando as oportunidades que essa nova era oferece.
Aos que ainda temem, pergunto: do que você tem medo? Vamos bater um papo sobre como a IA pode auxiliar em sua carreira e no desenvolvimento de sua empresa? Me mande uma mensagem, será um prazer conversar sobre este tema.