As fraudes são assunto em alta e são observadas de perto por todas as empresas. Nós mesmo escrevemos muitos artigos aqui na Ivy, seja para orientar, seja para demonstrar novidades que podem impactar o mercado quando o assunto é fraude. Mas hoje decidi trazer um artigo falando de algo bastante relevante quando falamos em fraude: os prejuízos financeiros que envolvem esse universo.
Tive acesso ao Relatório Anual de Custo de uma Violação de Dados da IBM e os números são cada vez mais assustadores. Segundo o levantamento, o custo médio de uma violação atingiu US$ 4,88 milhões em 2024, um aumento de 10% ante os números do ano passado. Esses números não são apenas alarmantes, mas refletem uma mudança profunda na maneira como as empresas devem encarar a segurança cibernética.
Como fica claro a cada vez que entramos em sites especializados no tema, as violações de dados não são mais incidentes esporádicos, mas sim uma constante que demanda respostas estratégicas mais robustas. A cibersegurança se tornou, de fato, um dos custos fixos da operação de qualquer empresa.
Voltando ao relatório, a conclusão do estudo é de que 70% das empresas violadas sofreram interrupções operacionais significativas. E quanto mais prolongada a recuperação, maior o impacto, com empresas demorando mais de 100 dias para se recuperar totalmente em muitos casos.
Pior, a falta de aprendizado com as vulnerabilidades que levam a um ataque colocam essas empresas em um ciclo vicioso em que as violações são seguidas por contenção, recuperação e novas tentativas de invasão, resultando em uma espiral crescente de custos.
Investimento em Inteligência Artificial é solução?
Faço esse questionamento mais como uma provocação. Os dados da pesquisa da IBM mostram que investir em IA é um caminho bem importante para se proteger. Digo mais, é uma forma de pagar os fraudadores com a mesma moeda, já que cada vez mais ataques utilizam IA para encontrar falhas.
O relatório da IBM aponta que empresas que utilizam IA em seus Centros de Operações de Segurança (SOC) economizaram em média US$ 2,2 milhões em custos de violação, em comparação com aquelas que ainda não adotaram essas tecnologias. Em nossa visão, isso é um sinal claro de que a automação e a Inteligência Artificial estão deixando de ser “diferenciais” para se tornarem componentes indispensáveis da estratégia de segurança cibernética.
Mas aqui trago um ponto importante! Acredito que o futuro da cibersegurança não se baseia apenas em aumentar o investimento em ferramentas defensivas, mas sim em integrá-las de maneira inteligente aos fluxos de trabalho das organizações. A IA e a automação têm o poder de detectar ameaças mais rapidamente, responder a incidentes com mais eficiência e, mais importante, permitir que as equipes de segurança se concentrem em atividades estratégicas, em vez de apenas “apagar incêndios”.
Mas também é nesse ponto importante que enxergo o maior desafio das empresas. Muitas companhias ainda não contam com profissionais com expertise suficiente para fazer essa integração de maneira correta e na velocidade necessária para manter os negócios seguros.
Nossa vivência junto ao mercado nos mostra que cada vez mais é necessário contar com profissionais com expertise para lidar com essa integração com as novas tecnologias. Nesse sentido, faço um parênteses por aqui para destacar o time da Ivy, que conta com uma equipe de profissionais altamente especializados, respaldados por uma sólida trajetória e experiência de mercado. Deixo aqui um link para quem quiser conhecer mais sobre nosso trabalho.
Retornando ao tema, reforço o que dizemos por aqui com frequência: cada violação não apenas custa milhões, mas pode também prejudicar a reputação, afastar clientes e até comprometer a continuidade do negócio.
Chegou o momento de deixar a mentalidade reativa para trás e adotar uma abordagem proativa que envolva a integração de tecnologias como IA e automação — não apenas para reduzir custos, mas para garantir a continuidade e o crescimento do negócio.