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Today: 29 de June de 2025
22 de July de 2024
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IA e ESG precisam andar de mãos dadas

O engajamento das empresas em torno das agendas de ESG precisa convergir com o aumento do uso da Inteligência Artificial. A atividade dos profissionais de tecnologia têm mudado e o uso de algoritmos deixou de focar apenas em uma área, mas abrange hoje toda a indústria.

Aqui na Ivy, por exemplo, temos incentivado cada vez mais nossos desenvolvedores a criarem estratégias que vão além das áreas de TI. Assim, nossos projetos estão cada vez mais alinhados a soluções ambientais, sociais e de governança.

A busca das empresas por energia limpa tem afetado diretamente a maneira como CEOs e CIOs projetam a evolução das empresas. Recentemente observei uma pesquisa da Salesforce que reforça a ideia, com 73% dos líderes de TI se dizendo preocupados com o impacto das ameaças ambientais em seus negócios.

Pensando nesse desenvolvimento, revisitei em meu tempo livre o manifesto manifesto Tackling Climate Change With Machine Learning, de 2019. Pode parecer muito tempo quando pensamos em tecnologia, mas esse documento, que foi assinado por 23 cientistas de Inteligência Artificial, segue atual e contempla 13 áreas em que a IA pode contribuir positivamente para geração de energia limpa.

Vamos pensar na indústria, por exemplo. Os sistemas elétricos ainda são responsáveis por cerca de um quarto das emissões de gases de efeito estufa – e é exatamente aqui que a IA pode ser empregada.

Com todo avanço que demos, a IA já é capaz de otimizar o consumo de energia nos espaços físicos. Além disso, a internet das coisas (IoT) deve se beneficiar com o avanço do 5G e ajudar a gerenciar o consumo de recursos como água e energia de forma inteligente.

O mesmo serve para o setor de transporte, que pode se beneficiar da IA para potencializar a engenharia de veículos. Ou ainda gerar informações relevantes por meio de Machine Learning e processamento de dados para que políticas públicas seja implementadas.

Isso sem falar no agronegócio, onde os benefícios já podem ser vistos no monitoramento de condições climáticas, a evolução do crescimento das plantas e até mesmo a colheita. Mas os pontos positivos vão além do gerenciamento da lavoura. Já temos empresas que utilizam IoT e IA para evitar o desvio de cargas e o prejuízo no campo.

E o outro lado da moeda?

Sim, existe um outro lado da moeda que ainda não é muito debatido. Li uma coluna da Dora Kaufman no O Globo e achei super interessante a abordagem a respeito da importância de conversar IA e ESG.

Os modelos de IA também impactam negativamente o meio ambiente, já que a quantidade de processamento necessário para o treinamento intensivo de modelos gasta energia e gera emissão de CO2.

Um levantamento da Universidade de Massachusetts escancara a necessidade de se pensar nisso. O estudo mostra que treinar um modelo de IA para linguagem humana chega a emitir quase 300 mil quilos de dióxido de carbono, o que equivale a cinco vezes as emissões de um carro médio nos Estados Unidos.

Outro pilar importante é com relação à regulação da IA. Quando falamos dos pilares governança e ética, é preciso pensar em diretrizes para uma evolução de forma responsável. Nosso CEO da Ivy, Miller Augusto , fez um texto a respeito do tema, coloco aqui o link para quem quiser acessar.

Acredito que o debate ainda precisa ser amplificado, mas estamos em um momento muito importante para convergir Inteligência Artificial e ESG, que deve trazer padrões para que organizações socialmente conscientes tenham boas práticas de verdade. As duas agendas, IA e ESG, precisam andar de mãos dadas!

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