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Today: 15 de July de 2025
12 de March de 2025
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A importância da sanitização de parâmetros de entrada para evitar vulnerabilidades de injeção

A segurança das aplicações depende diretamente do controle sobre os dados que entram no sistema. Vulnerabilidades como SQL Injection, Command Injection e Cross-Site Scripting (XSS) continuam sendo exploradas por atacantes devido à falta de sanitização adequada dos parâmetros de entrada.

Esse descuido pode resultar em vazamento de dados, comprometimento de servidores e execução remota de código malicioso. Por isso decidi escrever este artigo, visando trazer luz sobre como essas vulnerabilidades funcionam e como a sanitização correta pode preveni-las.

Trago alguns exemplos simples de erros comuns que alguns podem cometer, mas, obviamente, existem vulnerabilidades muito mais complexas.

O que é a vulnerabilidade de injeção?

A vulnerabilidade de injeção ocorre quando uma aplicação permite que entradas fornecidas por usuários sejam interpretadas como comandos executáveis dentro do sistema. Isso acontece quando os dados de entrada são inseridos diretamente em consultas SQL, comandos do sistema operacional ou scripts de uma página web sem validação ou sanitização adequadas.

1. SQL Injection (SQLi)

O SQL Injection acontece quando um atacante consegue manipular consultas SQL ao banco de dados através de entradas da aplicação, explorando falhas na forma como essas consultas são construídas. Isso pode permitir desde a extração de informações confidenciais até a alteração e exclusão de dados críticos.

Para deixar mais claro, trago um exemplo sobre como esse ataque funciona. Considere a seguinte consulta SQL em um sistema de autenticação:

SELECT * FROM usuarios WHERE usuario = ‘$usuario’ AND senha = ‘$senha’;

Se um atacante inserir ‘ OR ‘1’=’1′ — no campo de usuário, a consulta se tornará:

SELECT * FROM usuarios WHERE usuario = ” OR ‘1’=’1′ — ‘ AND senha = ”;

O trecho ‘ OR ‘1’=’1′ — faz com que a cláusula WHERE sempre retorne verdadeiro, autenticando o invasor sem credenciais válidas.

Existem algumas formas de evitar esse ataque:

  • Utilize Prepared Statements e Binded Parameters: Isso impede que entradas do usuário sejam interpretadas como parte do comando SQL.
  • ORMs (Object-Relational Mapping): Frameworks como SQLAlchemy e Hibernate já abstraem esse risco ao separar os dados da consulta.
  • Escapamento adequado: Aplicar mysqli_real_escape_string() no PHP, por exemplo, pode mitigar ataques em sistemas legados.

2. Command Injection

Essa vulnerabilidade ocorre quando um sistema executa comandos do shell diretamente a partir de entradas do usuário, sem filtragem adequada. Isso pode permitir que um atacante execute comandos arbitrários no servidor, comprometendo a infraestrutura.

Segue mais um exemplo para entendermos melhor seu funcionamento. Considere um script PHP que recebe um domínio via formulário e executa um ping:

$dominio = $_GET[‘dominio’];

echo shell_exec(“ping -c 4 ” . $dominio);

Se um atacante inserir google.com; rm -rf /, o comando executado será:

ping -c 4 google.com; rm -rf /

Esse simples movimento pode apagar arquivos do servidor.

Existem algumas formas de evitar esse ataque:

  • Uso de funções seguras: Em vez de shell_exec(), utilize APIs seguras e específicas para a funcionalidade desejada.
  • Validação de entrada: Aceitar apenas domínios válidos, utilizando expressões regulares ou listas de permissões (whitelists).
  • Escapamento de argumentos: No Python, por exemplo, subprocess.run([“ping”, “-c”, “4”, dominio], check=True) evita injeções.

3. Cross-Site Scripting (XSS)

O XSS ocorre quando uma aplicação insere entradas de usuários diretamente no HTML, permitindo que scripts maliciosos sejam executados nos navegadores de outros usuários. Isso pode resultar em roubo de cookies, manipulação de sessões e ataques de phishing.

Como funciona?

Se um sistema exibe comentários sem sanitização, um atacante pode inserir:

<script>alert(‘Seu site foi comprometido!’);</script>

Quando um usuário acessa a página, o navegador executa esse JavaScript, possibilitando ações como roubo de credenciais.

Como evitar?

  • Escapar saídas no HTML: Converter caracteres especiais usando htmlspecialchars() no PHP ou encodeURIComponent() no JavaScript.
  • Content Security Policy (CSP): Restringe fontes externas de scripts, reduzindo o risco de execução maliciosa.
  • Evitar innerHTML: Prefira textContent para inserir dados dinâmicos no DOM.

Sanitização de Parâmetros de Entrada: O pilar da segurança

A sanitização de parâmetros de entrada é a primeira linha de defesa contra essas vulnerabilidades. No entanto, mesmo com boas práticas e políticas de segurança estabelecidas, erros continuam acontecendo. Isso ocorre porque, por mais experiente que um desenvolvedor seja, o fator humano sempre pode levar a falhas, seja por descuido, pressão por prazos ou falta de conhecimento sobre ameaças emergentes.

Nesse cenário, soluções como o DevSecure Hub, da Ivy, são essenciais para identificar onde os desenvolvedores estão errando e expondo a aplicação a riscos. O DevSecure Hub não apenas detecta vulnerabilidades no código, mas também orienta os times técnicos sobre como corrigi-las de maneira eficiente e definitiva.

Um dos grandes diferenciais dessa abordagem é o Secure Champion, que disponibiliza um especialista altamente capacitado para trabalhar lado a lado com os desenvolvedores, identificando exatamente onde e como o código está vulnerável. Em vez de simplesmente apontar o erro, o Secure Champion guia o desenvolvedor no processo de correção, oferecendo um treinamento específico e direcionado para aquele problema. Isso significa que, ao invés de um aprendizado genérico, o desenvolvedor recebe um treinamento adaptado ao seu erro real, reforçando o conhecimento e evitando recorrências no futuro.

Além de fortalecer a segurança da aplicação, essa abordagem contribui para o crescimento profissional da equipe. Cada erro se torna uma oportunidade de aprendizado, acelerando o desenvolvimento técnico dos profissionais e garantindo que a segurança seja integrada ao fluxo de trabalho de forma natural e contínua.

Com a implementação de ferramentas como o DevSecure Hub e a atuação direta do Secure Champion, as organizações podem reduzir drasticamente vulnerabilidades causadas por falhas humanas, garantindo um ambiente mais seguro e resiliente contra ataques cibernéticos.

A sanitização de parâmetros de entrada é fundamental para evitar vulnerabilidades críticas, como SQL Injection, Command Injection e XSS. Implementar boas práticas de segurança no tratamento de entradas não só protege sistemas e dados sensíveis, mas também evita prejuízos financeiros e danos à reputação da empresa. Com ataques cada vez mais sofisticados, reforçar essas medidas é um passo essencial para manter a integridade das aplicações e garantir a continuidade dos negócios.

Além disso, soluções como o DevSecure Hub desempenham um papel estratégico ao auxiliar as equipes de desenvolvimento na identificação e correção de falhas, garantindo um ambiente seguro e promovendo o crescimento profissional dos desenvolvedores. Segurança não é apenas uma preocupação técnica, mas um diferencial competitivo essencial para qualquer organização na era digital.

Me coloco à disposição para mais esclarecimentos sobre nossa ferramenta. Você também pode falar com alguns dos especialistas da Ivy para entender melhor como podemos auxiliar seu negócio clicando neste link.

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