Hoje escrevo este artigo para falar de um tema um pouco técnico, mas extremamente relevante para a cibersegurança: a infraestrutura híbrida. Muitas empresas têm adotado esse modelo porque ele oferece flexibilidade, economia de custos e eficiência.
Você já ouviu falar dela? A infraestrutura híbrida combina ambientes on-premises com soluções em nuvem.
Acredito ser importante destacar que enquanto essa estrutura oferece inúmeras vantagens em termos de flexibilidade e eficiência, também impõe desafios significativos no campo da segurança. Como alguém que vivencia o dia a dia de cibersegurança, sinto que é fundamental abordar essas questões de forma proativa, adotando medidas robustas para proteger nossos ativos digitais.
Dizer que vivemos um novo cenário que exige a infraestrutura híbrida é chover no molhado. Pesquisas apontam que 74% das empresas brasileiras adotaram Inteligência Artificial até o final do ano passado, além do aumento da dependência de tecnologias em nuvem. Isso faz com que a infraestrutura híbrida seja não apenas uma tendência, mas uma necessidade.
Entretanto, é preciso dizer que essa configuração pode ampliar a superfície de ataque. Ou seja, a interconexão de dados e aplicações em diferentes ambientes exige uma estratégia de segurança que transcenda as soluções tradicionais.
Abordagem proativa
É justamente por isso que digo que a abordagem precisa ser proativa. A segurança em uma infraestrutura híbrida deve ser uma prioridade, e não uma reflexão tardia.
A primeira linha de defesa dessa abordagem é a autenticação multifatorial (MFA). A MFA não só dificulta o acesso não autorizado, mas também reforça a cultura de segurança dentro da organização. Quando todos os colaboradores percebem que a segurança é uma responsabilidade compartilhada, o comprometimento com as melhores práticas se torna mais forte.
Mas eu ainda vou além: assim como utilizamos MFA para garantir a segurança de acessos externos às aplicações, é imprescindível adotar práticas robustas quando se trata da comunicação entre diferentes ambientes. A implementação de certificados específicos, como MTLS, a criação de conexões privadas via VPC Peering e o uso de VPNs são algumas das estratégias indispensáveis para proteger essas interações e mitigar riscos de ataques cibernéticos.
Além disso, a gestão unificada da infraestrutura é crucial. Ferramentas que permitem a supervisão centralizada dos ambientes on-premises e na nuvem ajudam a identificar vulnerabilidades antes que se tornem uma ameaça real. A visibilidade é a chave para a defesa; sem ela, as organizações operam às cegas em um campo de batalha cibernético.
Outro ponto importante de se destacar é que a criptografia de dados é uma necessidade inegociável. Proteger informações sensíveis, tanto em trânsito quanto em repouso, é uma das formas mais eficazes de mitigar riscos.
Como já dissemos várias vezes por aqui, os ataques cibernéticos são cada vez mais sofisticados, e a criptografia fornece uma camada adicional de segurança que pode fazer a diferença entre a proteção e o comprometimento dos dados.
Assim como manter backups regulares. Com a possibilidade de ocorrer alguma falha – seja ela humana ou não -, os backups são importantes para garantir que as companhias possam se recuperar rapidamente de um ataque. E falo com propriedade que, mesmo com todos os ataques que temos observado na imprensa ou até mesmo em contato com especialistas, muitas organizações ainda subestimam a importância de uma estratégia de recuperação bem estruturada.
Dito tudo isso, trago uma pergunta que muitos podem fazer: mas como garantir que a implementação de todas essas medidas será correta? Acredito que o mais importante nesse caso é possuir um time qualificado. Contar com especialistas em DevOps e DevSecOps é fundamental para otimizar processos e garantir que as melhores práticas de segurança sejam aplicadas em todas as etapas. Com profissionais que possuem conhecimentos específicos e conseguem identificar vulnerabilidades, será possível implementar soluções e alinhar a segurança com eficiência.
Sei que nem todos possuem profissionais com essa expertise, mas destaco que é possível contratar equipes de DevOps e DevSecOps de forma pontual, o que representa uma vantagem significativa para empresas que buscam soluções específicas sem comprometer o orçamento. Aqui no Grupo Ivy, oferecemos a possibilidade de acessar esses talentos por horas ou projetos, permitindo que organizações de todos os portes aproveitem expertise de alta qualidade sem a necessidade de contratações permanentes ou custos elevados. Ainda temos a vantagem de sermos homologados para contratarmos profissionais de 150 países, o que possibilita trazer conhecimento e experiência com as mais variadas situações.
Lembre-se, ao adotar uma abordagem proativa que inclua autenticação multifatorial, criptografia, gestão unificada, certificados específicos e treinamento contínuo, as empresas estão melhor equipadas para enfrentar as ameaças digitais do futuro.
E no seu negócio, a infraestrutura híbrida já foi adotada? Quais ferramentas vocês utilizam para a proteção dessa estrutura? Se tiver alguma dúvida, fale comigo ou com os especialistas da Ivy. Será um prazer darmos uma breve mentoria e entender melhor o momento de sua companhia.